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O  arcebispo de Cantuária, o Imã de Leicester e o Rabino da Nova Sinagoga do Norte de Londres juntos em oração pela paz, no mesmo dia do ataque ao hospital em Gaza. Foto reproduzida a partir da conta de X @archbishopofcanterbury.

Fonte: Sete Margens

Ataque a hospital anglicano é “uma perda atroz e devastadora de vidas inocentes”

 

O arcebispo de Cantuária e chefe da Igreja de Inglaterra, Justin Welby, renovou esta quarta-feira, 18 de outubro, o seu apelo à proteção de civis, depois do ataque a um hospital em Gaza, que terá provocado 500 mortos. “Esta é uma perda atroz e devastadora de vidas inocentes. O Hospital Ahli é gerido pela Igreja Anglicana. Estou de luto com os nossos irmãos e irmãs, por favor rezem por eles”, escreveu Welby na sua conta da rede social X.

Logo depois, num comunicado divulgado através do seu site oficial, Justin Welby acrescentava: “É injusto que a ajuda esteja a ser impedida de chegar a crianças e adultos que não são combatentes nesta guerra. É indefensável que hospitais, escolas e campos de refugiados estejam a ser atingidos. É um ultraje que reféns estejam detidos pelo Hamas”.

Instando à moderação na atribuição de culpas pelo ataque ao hospital Ahli, até que os factos sejam claros, o arcebispo foi no entanto perentório ao afirmar que este “viola a santidade e a dignidade da vida humana” e que “o que sabemos com certeza é que esta violência não garantirá ao povo da Terra Santa o futuro que merece”. Por isso, “o derramamento de sangue, o massacre e o sofrimento de pessoas inocentes de todos os lados devem parar”.

O ataque ocorreu na terça-feira 17 de outubro, o mesmo dia em que, no Palácio de Lambeth, sede da Comunhão Anglicana, o Imã de Leicester, o xeique Ibrahim Mogra, e o Rabino da Nova Sinagoga do Norte de Londres, Jonathan Wittenberg, se juntaram a Welby em oração pela paz.

“Devemos estar unidos no desafio a todas as formas de preconceito, antissemitismo e islamofobia ”, afirmou o arcebispo de Cantuária a propósito desse encontro inter-religioso, defendendo que “precisaremos deste esforço comunitário vital nas próximas semanas e meses”.

Também o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que congrega cerca de 350 igrejas e denominações protestantes, anglicanas e ortodoxas, expressou esta quarta-feira “indignação e choque” com a notícia do ataque ao hospital. “O ataque não faz sentido, uma vez que foi dirigido contra um hospital, propriedade de uma igreja, pacientes e famílias que procuravam refúgio do bombardeamento implacável de Israel”, afirmou o secretário-geral da organização, Jerry Pillay, lembrando ainda que “o ataque ocorreu no mesmo dia em que os líderes da Igreja em Jerusalém organizaram um dia de oração pela paz em Gaza”

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